30 maio 2006

Grandes Amigos

Nesse final de semana eu tive o privilégio de receber aqui a Dady e o Philipe, amigos de infância que eu não via há 20 anos.
Taí a carinha deles, na FOTO OFICIAL DO PASSEIO.

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Quero agradecer aos dois aqui, publicamente, por tudo. Nós três sabemos que o final de semana foi incrível, que mesmo com duas décadas de distância a gente descobriu que o tempo pareceu não ter passado e que os laços se mantiveram firmes, intactos.

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Parece coincidência, mas hoje eu recebi por email um texto que define com perfeição o que eu senti nos últimos três dias:

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A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. É o mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Sentir como é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas. Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.

(Artur da Távola)

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi SÁ!!! Simplesmente maravilhosa a foto... e o texto então demais!!!... Me deu um frio na barriga de vê-los assim!!! Lindos... Obrigada por cuidar deles por aí!!! Um beijão, com carinho e...saudades. Cathy

Anônimo disse...

Arrisco dizer que afinidade é algo que transcende a atual existência. É como um reencontro de almas 'afins', aquela sensação de "acabo de te conhecer, mas parece q nos conhecemos há tanto tempo..."
É se sentir imensamente confortável na companhia de alguém, é ter cumplicidade só num olhar, é se fazer entendido sem precisar dizer nada. É saber q nem tempo nem distância poderão destruir o que já foi construído há 'teeeempos atrás'...
Num sentido + figurado, eu vejo esses reencontros como a sensação de "voltar pra casa".
O texto é perfeito e me fez pensar em todas as almas 'afins' que estão e que já passaram pela minha vida.
Aliás, nunca consegui ler este texto na íntegra. Adorei vê-lo por aqui!

SS disse...

Pois é, Dany, a sensação foi - e ainda está sendo - essa mesma, a de voltar pra casa.
Encontros e re-encontros como esse são preciosos e raros, mas quando acontecem trazem pra gente uma felicidade que é até difícil de colocar em palavras...

Que venham muitos desses ainda, porque eu não quero ter que esquecer o quanto eles aquecem o meu coraçãozinho...