Frases feitas do tipo "você pode não conseguir ter um novo começo, mas pode conseguir ter um novo fim", "não importa o objetivo, o importante é o caminho" e "tudo termina bem; se não está bem é porque não terminou" existem aos montes e, numa primeira leitura, nos parecem profundas e merecedoras de atenção. O problema aparece quando precisamos fazer valer em nossas próprias vidas esse "conceitual" de auto-ajuda.
Quando é que se identifica que o começo estava errado e que é hora de focar no fim? Quantas vezes só nos damos conta da jornada quando ela atingiu seu objetivo? Em que momento podemos dizer que está tudo "bem" e, portanto, terminado? Difícil determinar, pelo menos pra mim.
Aprendi desde muito cedo que quase nada É, a maior parte das coisas ESTÁ. Estamos morando em determinado lugar, estamos trabalhando e tal empresa, estamos casados e felizes... sempre ESTAMOS, pouco SOMOS. E estar indica movimento, mudança...
Inícios precisam acontecer sempre, a todo momento. Iniciativas são necessárias pra nos mantermos alertas e pensantes e cada novo começo indica um novo ESTAR, uma nova mudança, uma nova pessoa dentro das muitas que já somos.
Caminhos constóem a nossa memória, a nossa história, a bagagem que acumulamos durante a vida e que compõe aquele que queremos SER.
Objetivos, mais que atingidos, merecem ser renovados. Não nego que alcançar a linha de chegada, depois de uma longa jornada, traz uma sensação incrível de competência, de capacidade, de dever cumprido. Mas e depois? Não dá pra parar por aí, encostar embaixo de uma árvore e esperar que os dias passem. Chega o momento de uma nova iniciativa, de um novo início, de começar tudo outra vez.
Costumamos questionar qual é o melhor momento pra darmos um novo rumo ao caminho que estamos trilhando, mas o fato é que nunca vamos ter certeza absoluta desse "timming". Os riscos existem e estão aí pra serem enfrentados. Os "e se" são muitos, e só fazem aumentar a incerteza, a adrenalina que se espalha pelo corpo na hora de tomar a decisão.
Entretanto, é justamente essa adrenalina circulando que nos faz lembrar que estamos vivos, que queremos ser melhores e mais completos e que qualquer risco vale ser corrido, qualquer iniciativa vale ser tomada, qualquer caminho vale ser percorrido e qualquer objetivo vale ser alcançado em razão da busca por essa felicidade absoluta, que por mais inalcançável que pareça, nos move ainda que por instinto.
Quando é que se identifica que o começo estava errado e que é hora de focar no fim? Quantas vezes só nos damos conta da jornada quando ela atingiu seu objetivo? Em que momento podemos dizer que está tudo "bem" e, portanto, terminado? Difícil determinar, pelo menos pra mim.
Aprendi desde muito cedo que quase nada É, a maior parte das coisas ESTÁ. Estamos morando em determinado lugar, estamos trabalhando e tal empresa, estamos casados e felizes... sempre ESTAMOS, pouco SOMOS. E estar indica movimento, mudança...
Inícios precisam acontecer sempre, a todo momento. Iniciativas são necessárias pra nos mantermos alertas e pensantes e cada novo começo indica um novo ESTAR, uma nova mudança, uma nova pessoa dentro das muitas que já somos.
Caminhos constóem a nossa memória, a nossa história, a bagagem que acumulamos durante a vida e que compõe aquele que queremos SER.
Objetivos, mais que atingidos, merecem ser renovados. Não nego que alcançar a linha de chegada, depois de uma longa jornada, traz uma sensação incrível de competência, de capacidade, de dever cumprido. Mas e depois? Não dá pra parar por aí, encostar embaixo de uma árvore e esperar que os dias passem. Chega o momento de uma nova iniciativa, de um novo início, de começar tudo outra vez.
Costumamos questionar qual é o melhor momento pra darmos um novo rumo ao caminho que estamos trilhando, mas o fato é que nunca vamos ter certeza absoluta desse "timming". Os riscos existem e estão aí pra serem enfrentados. Os "e se" são muitos, e só fazem aumentar a incerteza, a adrenalina que se espalha pelo corpo na hora de tomar a decisão.
Entretanto, é justamente essa adrenalina circulando que nos faz lembrar que estamos vivos, que queremos ser melhores e mais completos e que qualquer risco vale ser corrido, qualquer iniciativa vale ser tomada, qualquer caminho vale ser percorrido e qualquer objetivo vale ser alcançado em razão da busca por essa felicidade absoluta, que por mais inalcançável que pareça, nos move ainda que por instinto.
2 comentários:
Engraçado como a cada linha que eu fui lendo eu fui pensando em milhares de coisas... vários flashes de coisas na minha vida que estão por resolver...
Nestes três últimos anos da minha vida, muita coisa mudou. Saí de casa e montei duas empresas. Muitas responsabilidades pra quem não tinha quase nenhuma... As vezes eu tenho sim, vontade de largar tudo, sentar em baixo de uma árvore e ligar o "foda-se", outros momentos eu penso que todos têm dificuldades e que devo seguir em frente. Há um ano e meio, dentre várias mudanças, uma fez toda a diferença. Entrei no Kendô (arte da espada samurai). Ali vi um caminho... um caminho de muitas batalhas onde se deve treinar intensamente e sempre seguir em frente para vencer! Pego minhas armas e vou a luta: seja na cozinha preparando o almoço, seja no serviço atendendo um cliente, seja nos finais de semana brincando com o meu irmãozinho, seja no treino lutando contra um colega... sempre em frente, tentando dar o meu melhor.
Mas a todo momento do texto, pensei em apenas uma pessoa: meu irmão Luiz Júnior, de 8 anos. Ter um autista na família não é fácil. Posso falar com todas as letras que "dar melhores condições de vida" à ele é uma luta, não diária e sim a cada minuto. Eu pensei em cada "e se" que fica martelando o tempo todo na minha cabeça: "e se ele não se comportar na escola", "e se ele não parar de bater nos outros", "e se ele não conseguir dialogar", "e se ele não melhorar alimentação" "e se ele não tirar a fralda", "e se ele não parar de mamar na mamadeira"... são vários... mas agora parei e pensei... são esses "e se" que me levam a estudar, a ler livros, a conversar com outros pais, a conversar com professoras, a procurar profissionais... são esses "e se" que me levam a ir em frente... Você falou de novo começo, nova iniciativa... o autismo é isso: é saber tudo em um dia e (as vezes) regredir no outro... e começar tudo... cada dia, um novo começo...
As vezes acho que tô bitolada nisso, que penso nisso 24h por dia (sonho com isso) mas em resumo: meu maior mestre nessa vida é um menino de 8 anos.
Obrigada pela injeção de ânimo! Tava precisando! Beijos! Bom recomeço de blog!
Caramba, Karla, fico tão feliz quando alguém entende tão direitinho o que eu queria dizer.
Não sabia que seu irmão é altista, deve mesmo ser como matar um leão por dia, mas imagino que as recompensas sejam tantas que acabam valendo toda a preocupação e o sacrifício.
Não sei se você já ouviu falar em uma banda chamada Dream Theater, mas eles têm um disco chamado Six Degrees of Inner Turbulence que é inteiro sobre altismo. Se você quiser, faço uma cópia do meu e te mando pelo correio, apesar de achar que o original vai ser mais legal porque daí você acompanha as letras das músicas, né?
Você é sempre muito querida, obrigada por fazer parte do nosso mundinho.
Beijo grande
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