
O livro inteiro foi uma agradabilíssima surpresa, já que a leitura é leve e instigante, além de conter uma riquíssima história. O próximo passo vai ser assistir à versão filmada em 2005 por Joe Wright.
E, enquanto os comentários sobre o filme não vem, seguem algumas passagens pinçadas do livro que me chamaram à atenção:
*"Vaidade e orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Pode-se sentir orgulho sem ser vaidoso. O orgulho diz respeito mais à opinião que temos de nós próprios, enquanto, a vaidade, ao que pretendemos que os outros pensem de nós."
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"Na maioria dos afetos, a gratidão ou a vaidade ocupam um lugar tão iminente que se torna perigoso ignorá-los. Todos podemos começar espontaneamente, uma preferência é coisa muito natural, mas poucos são aqueles que enveredam pelo amor sem alguma espécie de encorajamento. Em nove de cada dez casos, seria preferível uma mulher mostrar mais afeição do que aquela que ela realmente sente."
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"A felicidade no casamento é uma questão de sorte. Por mais profundo que seja o conhecimento mútuo ou identidade entre as partes interessadas antes do enlace, em nada contribui para a felicidade. Há sempre, depois, uma disparidade de feitios suficiente para lhes assegurar a cada um sua dose de amargura; e, sendo assim, quanto menos se conhecem os defeitos daquele com quem se vai passar o resto da vida, tanto melhor será."
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" Para aquele cuja opinião não muda, é de sua particular incumbência a certeza de acertarem nos seus juízos desde o princípio."
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"Grande parte das vezes é nossa própria vaidade que nos ilude. Para as mulheres, a admiração de que elas crêem no objeto significa mais do que aquilo que de fato se trata."
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"...essa expressão 'intensamente apaixonado' está tão vulgarizada, é tão duvidoso e indefinido seu significado, que ela pouco me diz. Aplica-se, geralmente, mais aos sentimentos que brotam em meia hora de conhecimento que a um afeto sincero e duradouro."
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"Não é a desatenção daquilo que nos rodeia a própria essência do amor?"
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"...que a perda da virtude em uma mulher é irreversível; que um só passo em falso acarreta uma série de desgraças sem fim; que sua reputação não é menos frágil que sua beleza; e que uma mulher nunca será cautelosa demais para com as pessoas do sexo oposto, especialmente para com aquelas que não merecem a sua confiança."
4 comentários:
O interessante desse livro é que mesmo sendo escrito em 1700 e cacetada, ele continua atual...
Incrível!!!
Tem uma parte no filme que eu acho maravilhosa que é a cena onde o Mr. Darcy finalmente resolve se declarar para Lizzie. A dor que ele sente ao fazer isto. E o desprezo dela por ele. Acho que é uma das cenas mais bonitas e fortes que já vi no cinema.
Aproveita o DVD para ver os extras. Tem a biografia da Jane Austen e também toda a pesquisa de figurino e arte para se recriar aquela atmosfera do século passado. Para quem gosta de história é muito interessante.
beijos
Me deu vontade de ler... tô tão parada na leitura... tem uns mil livros lá em casa me esperando :)
E esse vai pra lista!
Tbm fico doida com isso Miguel, tô lendo "O elogio ao Ócio", de Bertrand Russell que tem artigos de 1935 e é bem atual!
Beijos!
Miguelito, se você não leu ainda, vale a pena. Você vai ver que essa sua afirmação tá muuuuuuuito mais correta do que você imagina... ;)
Rê, não tenha dúvida de que o próximo DVD lá em casa vai ser esse. Valeu muito pela dica.
Karlinha, repito pra você o que eu disse pro Miguel e aproveito pra te estimular a ler, muito e sempre. Eu sou devoradora voraz de livros e nunca me arrependo disso. :)
Beijo nos três
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