25 setembro 2008

Escolhas

Escolhas como essa só São Paulo, mesmo, pra nos impôr...

23 setembro 2008

Comment da Cons

Esse texto está, também, no lugar pro qual foi escrito, que é no quadro de comentários da postagem Balanço, de alguns dias atrás. Só que eu fiquei tão comovida com o que eu li e com a gentileza da Constance em escrever... Vale um post exclusivo, sem dúvida!
Obrigada, Cons! Você tem sido uma grande amiga, mesmo, e eu sou grata de verdade por isso.


Sa, na semana passada eu estava conversando com umas amigas e surgiu este assunto sobre produção independente. Na mesa: 1 casada com 2 filhos, 1 casada com 1 filho do primeiro casamento, 2 separadas sem filhos. Na hora me lembrei do seu post pq me marcou muito quando lí.
Eu consigo me imaginar sem os meus filhos, mas uma grande parte da graça teria se perdido. Nunca pensei em ter os 2 para mim, para garantir a minha felicidade. Isso é ilusão. E se é ilusão, é portanto uma falsa sensação de egoísmo. vc sabe que não criamos os filhos para nós, criamos para os outros, para o mundo. Como isso pode ser egoísmo? Não tem nada mais altruísta do que ter um filho! Vc se dedica durante anos sem ter noção do que vai sair "dali".
Sou contra a produção independente quando o pai é usado para este fim sem um aviso prévio. Ele tem que saber e concordar, assim como o filho também tem o direito de saber quem é o pai mesmo se nunca fizer parte da vida dele. Mas quando ambos estão de acordo, qual é o problema? Tem tanto casal certinho que de repente pode deixar de ser...
Quando vc se achar em condições (financeiras, psicológicas e físicas) de ter um filho, volta a pensar no assunto. Hoje em dia ter 35, 36, 37, 38, 39, 40 anos não é tão grave para a medicina. O que importa realmente é se a sua vontade de ser mãe é mais forte do que todos os contratempos que possam aparecer. O resto voce tira de letra!
E aqui entre nós... voce seria uma mãezona, Sa!!!

22 setembro 2008

Bye, bye, Bup

10 dias de tentativa e uma certeza: eu e o Bup somos absolutamente incompatíveis. Onde já se viu um anti-depressivo que deixa a pessoa deprimida??? Pois foi o que aconteceu.
Passado o período de adaptação, onde de tudo um pouco podia acontecer, eu fiquei esperando pelo bom humor, pela inapetência e pela tranquilidade. Mas não rolou nada disso e ontem, quando eu me dei conta, estava DENTRO DE CASA, sem sair pra nada, sem conversar nem ver ninguém além dos meus avós e da empregada, há 04 dias inteiros. Quatro dias comendo feito louca, dormindo muito mais que o necessário, com o humor mais negro ever... a ficha caiu e rolou um freaking out.
Tentando me esforçar pra dar uma melhorada na situação, chamei um amigo e fui ao cinema. Escolhi um filme que, em tese, me deixaria com dor de barriga de rir, já em em condições normais de temperatura e pressão o meu lado "menino" adora essas comédias pastelão que as meninas em geral odeiam. Pois não é que o meu amigo chegou a ficar constrangido por achar graça nas piadas enquanto eu sequer sorria??? O cinema inteiro se acabando de rir e eu bocejando...
A primeira atitude da manhã de hoje foi ligar pro meu médico e dizer a ele que eu não vou mais tomar mais o remédio e que queria voltar pro meu tratamento anterior. Quando eu contei essa histórinha aí de cima pra ele, não teve jeito: o cara não só concordou como agradeceu por eu ter prestado atenção aos detalhes e ter me sentido mal por não estar sendo quem eu sou normalmente. Não que eu seja nenhum poço de bom humor; ao contrário, sou chata pra caramba, mas quando não estou sob efeito de psicotrópicos, pelo menos sei porque e do que tô reclamando.
Viver sem o cigarro foi uma escolha, não uma imposição, e esse motivo tem que ser, por si só, forte o suficiente pra me manter firme na decisão. Se eu tiver que ficar de mau humor, que seja por estar me livrando de uma droga e não por estar me entupindo com outra.

21 setembro 2008

Smile!!!

D300 da Cons (metralhadora giratória mode on) no casório da minha mãe
RJ - 21/Ago/08

19 setembro 2008

Chat Religioso

É nisso que dá juntar dois advogados, sendo um deles especialista em Notarial, pra conversarem sobre as loucuras que acontecem na vida e que a gente se descobre incapaz de explicar, o que nos leva a apelar pra religião:

Guizão diz: Caraca... tudo está a meu favor... estou fazendo uma procuração em que Jesus é o procurador!!! woooooo hooooooooo!
SS diz: AHAHAHAHAHAHAHAH... Essa foi foda...
Guizão diz: Mas não é verdade??? Só que o outorgante não é Deus não!!!
SS diz: Mas Deus ja´outorgou tudo pra Jesus no nascimento, o documento é desnecessário. Certamente a procuração de um outro sujeito qualquer, tipo Krishna ou Buda, tentando fazer um mix religioso por representação.
Guizão diz: Pra Jesus se aplica o Princípio da Fé Pública em Deus... hehehe...
SS diz: CARALEO, essa foi sensacional!!!

Há 40 anos atrás...

... os Beatles faziam sua última aparição na TV.



Esse post é meio que "de presente" pra minha mãe, que é fã dos Beatles e que me mostrou, desde cedo, a música que faz bem não só pros ouvidos, mas pra alma...

Minha mãe, em 1968, se apresentando num festival de música (que ela ganhou, diga-se de passagem)

16 setembro 2008

Coca Zero Zero Sete

Bup e eu, depois de quatro dias

Eu pretendia fazer um relato diário da experiência com anti depressivo e guardar pra posteridade, já que não tenho a MENOR intenção de repetir a brincadeira. Só que esses troços conseguem fazer com que a gente queira e sinta mil coisas diferentes dentro de espaços curtíssimos de tempo, fica tudo muito confuso!!!
Pois é: se estar na TPM era o pior que eu podia imaginar pras intempéries emocionais femininas, depois desses dias descobri que esses dois/três dias esquisitos por mês são, em comparação, um conto de fadas. Eu ri, chorei, tive raiva (MUITA raiva, e sem alvo aparente...), mau humor, bom humor, fome, insônia, e provavelmente mais um monte de outras coisas que eu nem percebi, já que tudo vem e vai tão rápido que as vezes fica até difícil identificar.
Por fim hoje tudo se acalmou. O que eu estava experimentando até ontem era a adaptação do meu organismo ao remédio, que só vai mesmo começar a surtir os efeitos pros quais foi indicado dentro de mais uns dois dias.
Sorte dele ter resolvido se comportar: ontem eu estava tão furiosa que já tinha decidido que não queria mais brincar. Ao invés de estar feliz, eu chorava; ao invés de estar inapetente, eu estava mais ansiosa que nunca (e, consequentemente, comendo feito louca); ao invés de me acalmar, eu era a personificação da fúria... todos os efeitos que o remédio deveria ter pareciam estar acontecendo ao contrário - com exceção do lance da libido, mas isso não era um problema antes e, ao que parece, o remédio entendeu que, quando o assunto é "esse", vale a regra do "em time que está ganhando não se mexe".
=P

12 setembro 2008

Bup - Outras impressões

Comentei sobre o medicamento com uma amiga e, então, firmou-se o seguinte diálogo:

ELA: "Bup? Ué, você não lembra que eu tomei esse mesmo remédio há um tempo atrás? Não se preocupa, é tranquilo, só vai te deixar feliz"

EU: "Poxa, legal saber... Mas perae, você não tava parando de fumar, não tava deprimida... Tomou a parada pra que?"

ELA: "Pra aumentar a minha libido... E FUNCIONOU SUPER BEM!!!"

11 setembro 2008

Bup

Bup
Quando meu endocrinologista disse que esse era o nome do remédio que ele estava me receitando pra ajudar a lidar com as minhas crises (citadas dois post atrás) eu achei até fofo. Mas isso mudou quando eu li a bula: Bup (cloridrato de bupropiona) é indicado no tratamento da depressão, quer aguda, quer na profilaxia da sua recidiva. A bupropiona também pode ser utilizada no tratamento da dependência à nicotina (tabagismo).
Fuck! Anti-depressivo!!! Essa eu realmente não tinha planejado. É claro que durante a minha pesquisa eu me deparei com um monte de opções químicas pra auxiliar nos primeiros meses, mas não pretendia fazer uso de nenhuma delas. Sempre tive a sensação de que fazendo uso de um medicamento desses eu estaria substituindo uma droga de uso livre por outra de uso controlado, o que não me parece indicar que eu esteja melhorando... Coloquei essa preocupação pro médico e ele me pediu pra fazer uma experiência com os comprimidos durante uma semana.
Vamos ver no que vai dar.

10 setembro 2008

Caixinhas de som II

Tem coisa mais fofa???

E eu achando que as caixinhas pro Sony Ericsson que eu ganhei eram "cute"... humpf

07 setembro 2008

Balanço

Durante os últimos 15 anos, eu repeti duas acertivas um sem número de vezes. Numa delas, que era quase um mantra, eu dizia que "se eu chegar aos 35 solteira, faço uma produção independente - consigo ver minha velhice sendo feliz sem um casamento, mas não sem um filho". Só que a proximidade da idade limite (e o universo conspirando e me mostrando como as coisas funcionam no mundo real) me fez reavaliar e notar o quão egoísta eu seria trazendo pro mundo uma criança sem pai, pra quem eu não poderia dar a devida atenção - afinal eu estaria sozinha pra providenciar sustendo, educação, etc, o que consumiria a maior parte do meu tempo e da minha disposição -, tudo em prol de uma suposta velhice feliz. Projeto, portanto, descartado.
Essa decisão me empurrou pra um outro raciocínio: se eu quiser envelhecer feliz, vou ter que pensar em outras maneiras pra que isso aconteça e que, eventualmente, excluam filhos. E acho que essa foi a primeira vez em que, de fato, eu pensei em "envelhecer", latu sensu.
A partir daí alguns gatilhos parecem ter sido disparados no meu cérebro pra me fazer enxergar que, ao invés de me preparar pra a velhice, eu tinha me tornado, ainda que tacitamente, uma suicida. Como em uma porção de outros aspectos da minha vida, eu não tinha pressa em me matar, mas fazia isso, um pouquinho, todos os dias. Fumante, sedentária, muitos quilos acima do peso ideal, trocando qualquer refeição por um sanduíche, ingerindo montes de confort food achando que resolveriam todo e qualquer problema. Só que estes, os problemas, só aumentaram, coisa que eu parecia também ter juntado ao pacote do "deixa explodir"... Resumindo: I were a mess!!!
Mãos à obra, e comecei a perder peso. Reeducação alimentar, remédio pra controle da ansiedade, e lá se vão 12 kg em cinco meses, o que leva ao próximo passo: hora de parar de fumar. Data marcada, preparação psicológica durante cerca de 20 dias, não anunciei a decisão pra não criar expectativa em ninguém nem pressão de nenhum lado. Já prevendo que a ansiedade seria grande e que a gula aumentaria proporcionalmente, comecei, também, a me exercitar pelo menos um pouquinho todos os dias pra gastar esse excesso e, quando chegou o dia D eu estava decidida, animada e feliz por ter tomado a decisão de abandonar esse mau hábito que acompanha há quase 20 anos.
Eu nunca imaginei que seria fácil, mas também não esperava que fosse ser tão doloroso. Hoje, uma semana depois de parar, me assusto com a habilidade do vício em tentar boicotar o meu raciocínio o tempo todo, com a atenção que eu preciso estar prestando a cada pensamento, a cada reflexão, já que se eu deixar a mente "solta", ao invés das mil fantasias que eu sempre inventei pra colorirem a minha vidinha às vezes mais pra preto e branca, eu pego meu próprio cérebro criando argumentos pra voltar, me estimulando a inventar pretextos pra desistir e sucumbir, promovendo a correnteza e tentando me fazer sentir fraca ao ponto de me deixar levar. E me fazendo chorar... chorar como se meu coração estivesse partido, como se alguém que me é importante tivesse ido embora pra nunca mais voltar. Uma sensação de ausência que nada parece preencher.
Nessas horas é que eu agradeço a Deus por ter preferido me fazer inteligente ao invés de linda. Como eu me informei sobre todas as sensações possíveis que fariam parte dessas chamadas crises de abstinência, tenho procurado manter a calma e me auto sugestionar, constantemente, lembrando que tudo isso é passageiro e que, logo, vai acabar.
Só espero que acabe mesmo e que, daqui a algum tempo, eu possa voltar ao assunto pra dizer que eu fui forte o suficiente pra esperar, controlar e superar. Essa vai ser a maior prova de que eu não quero mais me matar e que, ainda que os filhos não venham, a velhice vai valer a pena.