23 outubro 2008

Starbucks

Da série "Coisas que São Paulo tem e o Rio (ainda) não"

21 outubro 2008

Aïhne

Como algumas pessoas sabem, meu pai era filho de sírios e, quando a minha avó migrou pro Brasil, as famílias que vieram junto formaram uma pequena colônia, que se mantém unida até hoje.
Uma dessas famílias, os Tawil, são como se fosse a minha própria, já que se formou a partir da Tia Mariahm, que migrou e foi criada junto com a minha avó e as duas eram como irmãs. Depois de 20 anos, eu os reencontrei ontem e essa é foi uma das muitas emoções fortes que eu comentei no post anterior que São Paulo me trazia.
Encontrei meu tio Nasser, de quem eu lembrava como um homem bem grandão (claro, meu ponto de referência era a altura de um menina de 10 anos), na mesma lojinha de jóias e relógios da Rua São Bento, que tantas vezes eu visitei na infância. A diferença é que ele não é mais grandão - temos a mesma altura - mas, apesar do cabelo branquinho, o sorriso, o abraço e aquele monte de palavras em árabe agradecendo a Deus pelo reencontro continuam os mesmos.
No caminho pra casa dele, onde eu era esperada pro jantar, fomos passeando e ele foi me perguntando: "Lembra do Brahim? Ele ainda mora ali naquela casa"; "Lembra do Cher Mansur? Ele também mora ali, no mesmo lugar, desde que chegou da Síria"... e assim ele foi reavivando a minha memória. Os nomes foram fazendo os rostos me virem à mente, as reuniões quinzenais na Sociedade Árabe-Brasileira das quais participamos durante toda a minha infância pareciam ter acontecido ontem. Meu coração se aqueceu de um jeito incrível.
Mas o mais emocionante foi entrar na rua da casa da Tia Mariahm. O tio Nasser se casou com a filha dela, Tia Safira, e quando a gente virou a esquina ele me disse: "Lembra daqui?". Eu respondi que sim, porque lembrava mesmo, e então ele manda: "Eu não preciso fazer esse caminho pra chegar à minha casa, mas faço questão de passar por essa rua todos os dias pra jamais me esquecer que foi aqui que eu conheci a Minha Flor."
Pois é... 40 anos de casamento e ele ainda a chama de Minha Flor, os olhos dele brilham quando o nome dela é citado. Isso sim é história de amor.
Nem preciso falar da farra que esse jantar foi, né? Minha tia fez uma das minhas comidas preferidas, trigo com frango, e já prometeu meu prato favorito pra muito breve (o nome é impossível de ser escrito em português, mas quando eu for lá pra comer, fotografo e explico como é feito). Minha prima estava lá com as duas filhas que eu ainda não conhecia, e o filho do meu primo também. O engraçado foi que esse meu primo, que eu ainda não reencontrei, fez esse filho à sua absoluta imagem e semelhança, então conhece-lo pareceu que o Nasserzinho tinha sido congelado no tempo...
Os árabes tem muitas palavras bonitas pra designar as coisas, situações e pessoas que amam. Mas a mais linda delas é "Aïhne" (isso é o mais perto, em português, que eu consigo chegar, e a pronúncia possui um som que não existe na nossa língua). Significa "meu olhos" e é uma das formas mais carinhosas possíveis de se dirigir a alguém, tanto que só filhos, netos, maridos, esposas e parentes muito próximos e queridos tem o privilégio de serem chamados assim. Ontem, durante toda a noite, eu fui Aïhne outra vez!!!

20 outubro 2008

Voltando às raízes

Tô sem escrever há um tempão por vários motivos. Fiquei sem computador, depois comprei um novo e a empolgação era tanta que nem me lembrava de ter um blog, rolou um pouco de falta de inspiração também, mas acho que o principal motivo foi eu estar passando um tempo em São Paulo.
Deveria ser o contrário, já que por aqui sempre tá acontecendo alguma coisa, a cidade nunca pára e eu não me lembrava mais do quanto viver aqui é diferente de viver no Rio. Acontece que São Paulo, pra mim, é um enorme poço de lembranças, e coisas nas quais eu não pensava há tempos voltam com uma força enorme, fazendo um mega reboliço com as minhas emoções. Agora que as tudo parece estar se acalmando, deu vontade de falar sobre as minhas impressões na Terra da Garoa.

Eu estou há quase 20 anos morando no Rio de Janeiro. Sempre me orgulhei muito das minhas origens, tanto que jamais perdi meu sotaque, mas a verdade é que depois de tanto tempo eu me acostumei com o jeito carioca de viver, e estou estranhando pra caramba. A poluição está me matando e o trânsito é infernal (não importa o dia da semana, o lugar ou a hora) mas, por outro lado, a gentileza das pessoas é até constrangedora; não tem um garçom de mau humor, o atendente da padaria tem uma piadinha nova todo dia, o jornaleiro pergunta seu nome e faz questão de te cumprimentar, mesmo que você passe 20 vezes por dia em frente à banca. Tudo aqui funciona, a cidade está em constante transformação, talvez na tentativa de se adaptar ao caos que se instalou desde que as pessoas do país inteiro entenderam que é em São Paulo que o dinheiro circula, então é pra São Paulo que se tem que ir quando se quer ter sucesso de verdade.
Desde que eu me mudei, vim visitar parentes e amigos de vez em quando mas nunca passei mais que uma semana, ou 10 dias, direto por aqui. Dessa vez já estou completando duas semanas e ainda tenho a expectativa de ficar por, pelo menos, mais 20 dias. Acho que nesse período eu vou conseguir voltar a entender a cidade, me adaptar ao seu ritmo e, quem sabe, aprender a gostar mais da idéia de voltar pra cá, já que as possibilidades de que isso aconteça são cada vez mais reais.

01 outubro 2008

Cantadas Bizarras

Recebi por email. Algumas são só idiotas, mas outras são absurdamente criativas.

01. Você é o ovo que faltava na minha marmita.
02. Eu beberia o mar se você fosse o sal.
03. Não sabia que flor nascia no asfalto.
04. Tô fazendo uma campanha de doação de órgãos! Não quer doar seu coração pra mim não?
05. Nossa, você é tão linda que não caga, lança bombom!
06. Ohhh... com essa muié e mais um saco de bolacha, eu passo um mês...
07. Você é sempre assim, ou tá fantasiada de gostosa?
08. Você é a areia do meu cimento.
09. Ah se eu pudesse e meu dinheiro desse!
10. Suspende as fritas.... o filé já chegou!
11. Você não usa calcinha, você usa porta-jóia.
12. Ae cremosa... Vou te passar no pão e te comer todinha!!
13. O que que esse bombonzinho está fazendo fora da caixa??
14. Você não é pescoço mais mexeu com a minha cabeça!
15. Sexo mata!!! Quer morrer feliz?
16. Vamos pra minha casa fazer as coisas que eu já falei pra todo mundo que a gente faz?
17. Você é a lua de um luau.... Quando te vejo só digo - uau uau!