01 dezembro 2008

Pudim de aniversário

Hoje é aniversário do meu irmão e eu decidi fazer, de presente, a sobremesa preferida dele. Como os meus dotes culinários não são lá grande coisa, comprei uma lata de leite condensado a mais pra, caso o pudim desse errado, partir pro plano B e mandar o bom e velho brigadeiro de colher - a única coisa na qual eu me garanto na cozinha.

Mas não é que o Pudim de Leite Condensado deu certo? Taí a prova:

30 novembro 2008

Teclado para Loiras

Dá só uma olhada no teclado que esses sujeitos inventaram pra facilitar a vida da mulherada com mais água oxigenada e menos neurônios na cabeça...


Achei no g1


Gotta be someone

Não é a primeira nem a segunda vez que eu me pego achando que esses caras me conhecem...

Gotta be somebody
Nickelback

This time, I wonder what it feel's like to find the one in this life
The one we all dream of, but dreams just aren't enough
So I'll be waiting for the real thing
I'll know it by the feeling
The moment when we're meeting
Will play out like a scene, straight off the silver screen
So I'll be holding my breath, right up to the end,
Until that moment when, I find the one that I'll spend forever with

Tonight, out on the street out in the moonlight
And damnit this feels to rightIt's just like déjà vu me standing here with you
So I'll be holdin my breath
Could this be the end
Is it that moment when I find the one that I'll spend forever with

You can't give up, when your looking for that diamond in the rough
Because you never know when it shows up
Make sure your holding on, 'cause it could be the one, the one your waiting on

'Cause nobody wants to be the last one there
'Cause everyone wants to feel like someone cares
Someone to love with my life in their hands
There's gotta be somebody for me like that
'Cause nobody wants to go it on their own
Everyone wants to know their not alone
Somebody else that feels the same somewhere
There's gotta be somebody for me out there

11 novembro 2008

What happens in Vegas...

A minha melhor amiga se casa no próximo sábado e a minha consciência estava pesando toneladas por eu não estar conseguindo ajudar, participar com nada da organização da cerimônia e da festa. Essa brincadeira de passar um tempo em São Paulo acabou calhando de acontecer justamente no mês que antecede o casamento, e eu fiquei por fora da maior parte dos preparativos.
Pra dar uma compensada, ontem fui com ela buscar o vestido e fazer umas comprinhas de última hora. Foi uma delícia, passamos o dia inteiro juntas e eu quase consegui deixar de me sentir a pior das melhores amigas.
No meio do passeio, paramos pra um café e ela me contou que ia passar parte da lua-de-mel no Hawaii e parte em Vegas. Como a maior parte dos meus poucos leitores sabem, o Gus e o Mário estiveram por lá há pouco e, reza a lenda, se divertiram a valer. Uma vez que o ditado "what happens in Vegas, stays in Vegas" foi adotado por eles, eu não sei de detalhes, mas de qualquer maneira, quando eu cheguei em casa, comentei com Gus sobre a viagem, e ele me pediu pra mandar um único recado pra Guiga:
- Cara, diz pra ela levar um estoque de cigarros daqui do Brasil pro tempo que eles forem estar em Vegas!!!
Eu não entendi, claro... Não estivéssemos no telefone e ele mesmo comprovaria a minha cara de paisagem...
- Como assim, Gus? Por que?
- Porque se ela ficar sem no meio da noite e o marido resolver descer do quarto do hotel pra comprar, ela tá frita... corre o risco de ele NÃO VOLTAR!!!!

05 novembro 2008

Vamos jantar amanhã?

Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas. Durante muito tempo, fiquei achando que eu era uma estressada maluca que não sabia lidar com isso, mas conversando com diversas pessoas, cheguei à conclusão de que esse estresse é um denominador comum a quase todas as mulheres, ainda que em graus diferentes (ou será que sou eu que só ando com gente estressada?). O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres. Acho importante que eles saibam o que se passa nos bastidores.
Você, mulher, está flertando um Zé Mané qualquer. Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar. Pronto, acabou seu último minuto de paz. Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo 'Vamos jantar amanhã?' Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do mundo: 'Claro, vamos sim'.
Começou o inferno na Terra. Foi dada a largada. Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá. Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia. Evidentemente, você também pára de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda. Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo. Muito saudável.
Primeira coisa: fazer mãos e pés. Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto? Mãos e pés tem que estar feitos – e lá se vai uma hora do seu dia. Vocês (homens) devem estar se perguntando 'Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?' A resposta está na Lei de Murphy. Sempre dá merda! Uma vez não pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato? Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão e pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino. OBS: Isso me emputece. Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde? Na porra do pé! Isso é coisa de...
Melhor mudar de assunto... As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc. Eu não faço, mas conheço quem faça. E nessa se vai mais uma hora do seu dia.
Dependendo do grau de importância que se dá ao Zé Mané em questão, pode ser que a mulher queira comprar uma roupa especial para sair com ele. Mais horas do seu dia. Ou ainda uma lingerie especial, dependendo da ocasião. Pronto, mais horas do dia. Se você trabalha, provavelmente vai ter que fazer as unhas na hora do almoço e correr para comprar roupa no final do dia em um shopping. Ah, sim, já ia esquecendo. Tem a depilação. Essa os homens não podem nem contestar. Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar? Lá vai você depilar perna, axila, buço, virilha, sobrancelha, etc, etc. Tem mulher que depila até o cu! Mulher sofre! E lá se vai mais uma hora do seu dia. E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem.
Parabéns, você conseguiu montar o alicerce básico para sair com alguém. Pode ir para a cama e tentar dormir, se conseguir. Eu não consigo, fico nervosa. Se prepare, o dia seguinte vai ser tumultuado. Ah, sim, você vai dormir COM FOME. A dieta do queijo continua.
Dia seguinte. É hoje seu grande dia. Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão. Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar). Mas supondo que você seja uma pessoa normal, vai usar esse tempo para algo mais proveitoso.
Geralmente, o Zé Mané não comunica onde vai levar a gente. Surge aquele dilema da roupa. Você vai errar! Resta escolher se para mais ou para menos. Se serve de consolo, ele não vai perceber. Alias, ele não vai perceber nada. Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz. Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê). Mas, é como dizia Angie Dickinson: 'Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens'. Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem. E não adianta pedir indicação de roupa para eles, os malditos não dão sequer uma pista! Claro, para eles é muito simples, as 'Madames' só precisam tomar uma chuveirada, vestir uma camisa pólo e uma calça e estão prontos, seja para o show de rock, seja para um fondue. Nesse pequeno cérebro do tamanho de um caroço de uva só existem três graduações de roupa: Bermuda + Chinelo, Jeans + Pólo, Calça Social + Camisa Social. Quando você pergunta se tem que ir arrumada é quase certo que 'Madame' abra a boca e diga 'sei lá, normal, roupa normal'. Eles não sabem que isso não ajuda em nada.
Escolhida a roupa, com a resignação de que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho. Para mim é uma coisa simples: shampoo + sabonete. Mas para muitas não é. Óleos, sabonetes aromáticos, esfoliação (horrível que seja com 's', né? deveria ser com 'x'), etc. E o cabelo? Bom, por sorte meu cabelo é bonzinho, não faz a menor diferença se eu lavar com um shampoo caro ou se lavar com Omo, fica a mesma coisa. Mas tem gente que tem que fazer uma lavagem especial, com cremes e etc. E depois ainda vem a chapinha, prancha e/ou secador.
Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Nessa etapa eu perco muito tempo. Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel. Melhor nem contar tudo que eu faço em matéria de maquiagem, se não vocês vão me achar maluca, digo, mais maluca. Como dizia Napoleão Bonaparte, 'Mulheres tem duas grandes armas: lágrimas e maquiagem'. Considerando que não faço uso das primeiras, me permito abusar da segunda. Se você for uma pessoa normal, não perde nem vinte minutos passando maquiagem.
Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte... uma VACA! Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica um cu. Se for um desses dias em que seu corpo está um cu e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa e gritando 'EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA'. O chato é ter que refazer a maquiagem. E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar a calça perfura o pâncreas.
Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da lingerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável. Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. É, praticamente, um método anticoncepcional. Você pensa 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foda'. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento. Aí você começa a pensar 'E se mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha... Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'. Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda. Melhor prevenir. Nessas horas a gente emburrece e acha que qualquer deslize que fizer vai espantar o sujeito de forma irreversível.
Os sapatos. Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável. Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável. Lembro que a Lei de Murphy impera. Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto. Ex: Vou com roupa confortável e sapato assassino. Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um 'Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar?' Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção. Uma vez um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!. Porque eu não dei o sapato? Porra... me custou muito caro! Posso não usá-lo, mas quero tê-lo. Eu sei, eu sei, uma materialista do caralho! Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muita caca para ver se evoluo espiritualmente! Mas por ora, o sapato fica.
Enfim, eu sei que existem problemas mais sérios na vida, e o texto é em tom de brincadeira. Só quero que os homens saibam que é um momento tenso para nós e que ralamos bastante para que tudo dê certo. O ar de tranquilidade que passamos é pura cena. Sejam delicados e compareçam aos encontros que marcarem, ok? E se possível, marquem com antecedência, para a gente ter tempo de fazer nosso ritual preparatório com calma...
Apesar do texto enorme, quero deixar claro que o que eu coloquei aqui é o mínimo do mínimo. Existem milhões de outras providências que mulheres tomam antes de encontros importantes: clarear pêlos (vulgo 'banho de lua'), fazer drenagem linfática, babyliss... enfim, uma infinidade de nomes que homem não tem a menor idéia do que se trata. Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo 'será que dou para ele? É o terceiro encontro, talvez eu deva dar...' começa a bater a ansiedade. Cada uma lida de um jeito. Eu, como boa loser que sou, lido do pior jeito possível. Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir. Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação. Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar.
Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela? 'Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?' Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muuuiiiiiiito grave! Eu fico puta, puta, PUTA da vida! Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada. Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até porque, a essa altura, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar! NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO, MUITO, MUITO GRAVE! A GENTE SE MOBILIZA DEMAIS POR CAUSA DELES!
Supondo que ele venha. Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata 'HUMMM... tá cheirosa!' (tecla sap: 'Passou muito perfume, porra'). Ele nem sequer olha para a sua roupa. Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural. Eu não ligo, acho homem que repara muito meio viado, mas isso frustra algumas mulheres. E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver. Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha (que por sinal custou muito caro) atochada no rego para nada. Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4? Favor tirar sem rasgar.
Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão. No meio da noite, já não sinto mais meus dedos do pé, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino. Quando ele conta piadas e ri, eu penso: 'É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero'. A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.
Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e de disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro. Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo mesmo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos:
Roupa........................................................... R$150,00
Lingerie.......................................................... R$50,00
Maquiagem..................................................... R$50,00
Sapato........................................................... R$50,00
Depilação....................................................... R$50,00
Mão e pé........................................................ R$15,00
Perfume......................................................... R$20,00
Pílula anticoncepcional..................................... R$15,00
Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$400 para sair com um Zé Mané.
Entendem porque eu bato o pé e digo que homem TEM QUE PAGAR O MOTEL?
Junte-se a mim nesta campanha. Abra as pernas mas não abra a mão!!!!! A gente gasta muito mais para sair com eles do que eles com a gente!
*Autora desconhecida*

04 novembro 2008

Don't You Forget About Me

Won't you come see about me?
(Você não vai pensar em mim?)
I'll be alone dancing, you know it, baby.
(Eu vou estar dançando sozinha, você sabe disso, baby.)
Tell me your troubles and doubts, giving me everything inside and out.
(Me conte seus problemas e dúvidas, me entregando tudo, por dentro e por fora.)

And love's strange - so real in the dark...
(E o amor é estranho - são real no escuro...)
Think of the tender things that we were working on.
(Pense nas coisas ternas com as quais estivemos ocupados.)
Slow change may pull us apart, when the light gets into your heart.
(A mudança lenta pode nos afastar, quando a luz entrar no seu coração.)

Don't you forget about me
(Não se esqueça de mim)

Will you stand above me, look my way, never lost me?
(Você me observar, vigiar meu caminho, nunca vai me perder?)
Rain keeps falling down...
(A chuva continua caindo...)

Will you recognize me? Call my name or walk on by?
(Você vai me reconhecer? Vai chamar meu nome ou seguirá?)
Rain keeps falling down
(A chuva continua caindo...)

Don't you try and pretend, it's my beginning we'll win in the end.
(Não tente nem e se engane, eu sinto que vamos vencer no final.)
I won't harm you or touch your defenses... vanity, insecurity...
(Eu não vou te machucar ou tocar suas defesas... vaidade, insegurança...)

Don't you forget about me... I'll be alone dancing, you know it, baby
(Não se esqueça de mim... Eu vou estar dançando sozinha, você sabe disso, baby)
Going to take you apart, I'll build us back together at heart.
(Deixando você, vou nos construir de volta, juntos, no coração.)

Don't you forget about me
(Não se esqueça de mim)

As you walk on by, will you call my name?
(Quando você seguir, você vai chamar meu nome?)
When you walk away...
(Quando você for embora...)

23 outubro 2008

Starbucks

Da série "Coisas que São Paulo tem e o Rio (ainda) não"

21 outubro 2008

Aïhne

Como algumas pessoas sabem, meu pai era filho de sírios e, quando a minha avó migrou pro Brasil, as famílias que vieram junto formaram uma pequena colônia, que se mantém unida até hoje.
Uma dessas famílias, os Tawil, são como se fosse a minha própria, já que se formou a partir da Tia Mariahm, que migrou e foi criada junto com a minha avó e as duas eram como irmãs. Depois de 20 anos, eu os reencontrei ontem e essa é foi uma das muitas emoções fortes que eu comentei no post anterior que São Paulo me trazia.
Encontrei meu tio Nasser, de quem eu lembrava como um homem bem grandão (claro, meu ponto de referência era a altura de um menina de 10 anos), na mesma lojinha de jóias e relógios da Rua São Bento, que tantas vezes eu visitei na infância. A diferença é que ele não é mais grandão - temos a mesma altura - mas, apesar do cabelo branquinho, o sorriso, o abraço e aquele monte de palavras em árabe agradecendo a Deus pelo reencontro continuam os mesmos.
No caminho pra casa dele, onde eu era esperada pro jantar, fomos passeando e ele foi me perguntando: "Lembra do Brahim? Ele ainda mora ali naquela casa"; "Lembra do Cher Mansur? Ele também mora ali, no mesmo lugar, desde que chegou da Síria"... e assim ele foi reavivando a minha memória. Os nomes foram fazendo os rostos me virem à mente, as reuniões quinzenais na Sociedade Árabe-Brasileira das quais participamos durante toda a minha infância pareciam ter acontecido ontem. Meu coração se aqueceu de um jeito incrível.
Mas o mais emocionante foi entrar na rua da casa da Tia Mariahm. O tio Nasser se casou com a filha dela, Tia Safira, e quando a gente virou a esquina ele me disse: "Lembra daqui?". Eu respondi que sim, porque lembrava mesmo, e então ele manda: "Eu não preciso fazer esse caminho pra chegar à minha casa, mas faço questão de passar por essa rua todos os dias pra jamais me esquecer que foi aqui que eu conheci a Minha Flor."
Pois é... 40 anos de casamento e ele ainda a chama de Minha Flor, os olhos dele brilham quando o nome dela é citado. Isso sim é história de amor.
Nem preciso falar da farra que esse jantar foi, né? Minha tia fez uma das minhas comidas preferidas, trigo com frango, e já prometeu meu prato favorito pra muito breve (o nome é impossível de ser escrito em português, mas quando eu for lá pra comer, fotografo e explico como é feito). Minha prima estava lá com as duas filhas que eu ainda não conhecia, e o filho do meu primo também. O engraçado foi que esse meu primo, que eu ainda não reencontrei, fez esse filho à sua absoluta imagem e semelhança, então conhece-lo pareceu que o Nasserzinho tinha sido congelado no tempo...
Os árabes tem muitas palavras bonitas pra designar as coisas, situações e pessoas que amam. Mas a mais linda delas é "Aïhne" (isso é o mais perto, em português, que eu consigo chegar, e a pronúncia possui um som que não existe na nossa língua). Significa "meu olhos" e é uma das formas mais carinhosas possíveis de se dirigir a alguém, tanto que só filhos, netos, maridos, esposas e parentes muito próximos e queridos tem o privilégio de serem chamados assim. Ontem, durante toda a noite, eu fui Aïhne outra vez!!!

20 outubro 2008

Voltando às raízes

Tô sem escrever há um tempão por vários motivos. Fiquei sem computador, depois comprei um novo e a empolgação era tanta que nem me lembrava de ter um blog, rolou um pouco de falta de inspiração também, mas acho que o principal motivo foi eu estar passando um tempo em São Paulo.
Deveria ser o contrário, já que por aqui sempre tá acontecendo alguma coisa, a cidade nunca pára e eu não me lembrava mais do quanto viver aqui é diferente de viver no Rio. Acontece que São Paulo, pra mim, é um enorme poço de lembranças, e coisas nas quais eu não pensava há tempos voltam com uma força enorme, fazendo um mega reboliço com as minhas emoções. Agora que as tudo parece estar se acalmando, deu vontade de falar sobre as minhas impressões na Terra da Garoa.

Eu estou há quase 20 anos morando no Rio de Janeiro. Sempre me orgulhei muito das minhas origens, tanto que jamais perdi meu sotaque, mas a verdade é que depois de tanto tempo eu me acostumei com o jeito carioca de viver, e estou estranhando pra caramba. A poluição está me matando e o trânsito é infernal (não importa o dia da semana, o lugar ou a hora) mas, por outro lado, a gentileza das pessoas é até constrangedora; não tem um garçom de mau humor, o atendente da padaria tem uma piadinha nova todo dia, o jornaleiro pergunta seu nome e faz questão de te cumprimentar, mesmo que você passe 20 vezes por dia em frente à banca. Tudo aqui funciona, a cidade está em constante transformação, talvez na tentativa de se adaptar ao caos que se instalou desde que as pessoas do país inteiro entenderam que é em São Paulo que o dinheiro circula, então é pra São Paulo que se tem que ir quando se quer ter sucesso de verdade.
Desde que eu me mudei, vim visitar parentes e amigos de vez em quando mas nunca passei mais que uma semana, ou 10 dias, direto por aqui. Dessa vez já estou completando duas semanas e ainda tenho a expectativa de ficar por, pelo menos, mais 20 dias. Acho que nesse período eu vou conseguir voltar a entender a cidade, me adaptar ao seu ritmo e, quem sabe, aprender a gostar mais da idéia de voltar pra cá, já que as possibilidades de que isso aconteça são cada vez mais reais.

01 outubro 2008

Cantadas Bizarras

Recebi por email. Algumas são só idiotas, mas outras são absurdamente criativas.

01. Você é o ovo que faltava na minha marmita.
02. Eu beberia o mar se você fosse o sal.
03. Não sabia que flor nascia no asfalto.
04. Tô fazendo uma campanha de doação de órgãos! Não quer doar seu coração pra mim não?
05. Nossa, você é tão linda que não caga, lança bombom!
06. Ohhh... com essa muié e mais um saco de bolacha, eu passo um mês...
07. Você é sempre assim, ou tá fantasiada de gostosa?
08. Você é a areia do meu cimento.
09. Ah se eu pudesse e meu dinheiro desse!
10. Suspende as fritas.... o filé já chegou!
11. Você não usa calcinha, você usa porta-jóia.
12. Ae cremosa... Vou te passar no pão e te comer todinha!!
13. O que que esse bombonzinho está fazendo fora da caixa??
14. Você não é pescoço mais mexeu com a minha cabeça!
15. Sexo mata!!! Quer morrer feliz?
16. Vamos pra minha casa fazer as coisas que eu já falei pra todo mundo que a gente faz?
17. Você é a lua de um luau.... Quando te vejo só digo - uau uau!

25 setembro 2008

Escolhas

Escolhas como essa só São Paulo, mesmo, pra nos impôr...

23 setembro 2008

Comment da Cons

Esse texto está, também, no lugar pro qual foi escrito, que é no quadro de comentários da postagem Balanço, de alguns dias atrás. Só que eu fiquei tão comovida com o que eu li e com a gentileza da Constance em escrever... Vale um post exclusivo, sem dúvida!
Obrigada, Cons! Você tem sido uma grande amiga, mesmo, e eu sou grata de verdade por isso.


Sa, na semana passada eu estava conversando com umas amigas e surgiu este assunto sobre produção independente. Na mesa: 1 casada com 2 filhos, 1 casada com 1 filho do primeiro casamento, 2 separadas sem filhos. Na hora me lembrei do seu post pq me marcou muito quando lí.
Eu consigo me imaginar sem os meus filhos, mas uma grande parte da graça teria se perdido. Nunca pensei em ter os 2 para mim, para garantir a minha felicidade. Isso é ilusão. E se é ilusão, é portanto uma falsa sensação de egoísmo. vc sabe que não criamos os filhos para nós, criamos para os outros, para o mundo. Como isso pode ser egoísmo? Não tem nada mais altruísta do que ter um filho! Vc se dedica durante anos sem ter noção do que vai sair "dali".
Sou contra a produção independente quando o pai é usado para este fim sem um aviso prévio. Ele tem que saber e concordar, assim como o filho também tem o direito de saber quem é o pai mesmo se nunca fizer parte da vida dele. Mas quando ambos estão de acordo, qual é o problema? Tem tanto casal certinho que de repente pode deixar de ser...
Quando vc se achar em condições (financeiras, psicológicas e físicas) de ter um filho, volta a pensar no assunto. Hoje em dia ter 35, 36, 37, 38, 39, 40 anos não é tão grave para a medicina. O que importa realmente é se a sua vontade de ser mãe é mais forte do que todos os contratempos que possam aparecer. O resto voce tira de letra!
E aqui entre nós... voce seria uma mãezona, Sa!!!

22 setembro 2008

Bye, bye, Bup

10 dias de tentativa e uma certeza: eu e o Bup somos absolutamente incompatíveis. Onde já se viu um anti-depressivo que deixa a pessoa deprimida??? Pois foi o que aconteceu.
Passado o período de adaptação, onde de tudo um pouco podia acontecer, eu fiquei esperando pelo bom humor, pela inapetência e pela tranquilidade. Mas não rolou nada disso e ontem, quando eu me dei conta, estava DENTRO DE CASA, sem sair pra nada, sem conversar nem ver ninguém além dos meus avós e da empregada, há 04 dias inteiros. Quatro dias comendo feito louca, dormindo muito mais que o necessário, com o humor mais negro ever... a ficha caiu e rolou um freaking out.
Tentando me esforçar pra dar uma melhorada na situação, chamei um amigo e fui ao cinema. Escolhi um filme que, em tese, me deixaria com dor de barriga de rir, já em em condições normais de temperatura e pressão o meu lado "menino" adora essas comédias pastelão que as meninas em geral odeiam. Pois não é que o meu amigo chegou a ficar constrangido por achar graça nas piadas enquanto eu sequer sorria??? O cinema inteiro se acabando de rir e eu bocejando...
A primeira atitude da manhã de hoje foi ligar pro meu médico e dizer a ele que eu não vou mais tomar mais o remédio e que queria voltar pro meu tratamento anterior. Quando eu contei essa histórinha aí de cima pra ele, não teve jeito: o cara não só concordou como agradeceu por eu ter prestado atenção aos detalhes e ter me sentido mal por não estar sendo quem eu sou normalmente. Não que eu seja nenhum poço de bom humor; ao contrário, sou chata pra caramba, mas quando não estou sob efeito de psicotrópicos, pelo menos sei porque e do que tô reclamando.
Viver sem o cigarro foi uma escolha, não uma imposição, e esse motivo tem que ser, por si só, forte o suficiente pra me manter firme na decisão. Se eu tiver que ficar de mau humor, que seja por estar me livrando de uma droga e não por estar me entupindo com outra.

21 setembro 2008

Smile!!!

D300 da Cons (metralhadora giratória mode on) no casório da minha mãe
RJ - 21/Ago/08

19 setembro 2008

Chat Religioso

É nisso que dá juntar dois advogados, sendo um deles especialista em Notarial, pra conversarem sobre as loucuras que acontecem na vida e que a gente se descobre incapaz de explicar, o que nos leva a apelar pra religião:

Guizão diz: Caraca... tudo está a meu favor... estou fazendo uma procuração em que Jesus é o procurador!!! woooooo hooooooooo!
SS diz: AHAHAHAHAHAHAHAH... Essa foi foda...
Guizão diz: Mas não é verdade??? Só que o outorgante não é Deus não!!!
SS diz: Mas Deus ja´outorgou tudo pra Jesus no nascimento, o documento é desnecessário. Certamente a procuração de um outro sujeito qualquer, tipo Krishna ou Buda, tentando fazer um mix religioso por representação.
Guizão diz: Pra Jesus se aplica o Princípio da Fé Pública em Deus... hehehe...
SS diz: CARALEO, essa foi sensacional!!!

Há 40 anos atrás...

... os Beatles faziam sua última aparição na TV.



Esse post é meio que "de presente" pra minha mãe, que é fã dos Beatles e que me mostrou, desde cedo, a música que faz bem não só pros ouvidos, mas pra alma...

Minha mãe, em 1968, se apresentando num festival de música (que ela ganhou, diga-se de passagem)

16 setembro 2008

Coca Zero Zero Sete

Bup e eu, depois de quatro dias

Eu pretendia fazer um relato diário da experiência com anti depressivo e guardar pra posteridade, já que não tenho a MENOR intenção de repetir a brincadeira. Só que esses troços conseguem fazer com que a gente queira e sinta mil coisas diferentes dentro de espaços curtíssimos de tempo, fica tudo muito confuso!!!
Pois é: se estar na TPM era o pior que eu podia imaginar pras intempéries emocionais femininas, depois desses dias descobri que esses dois/três dias esquisitos por mês são, em comparação, um conto de fadas. Eu ri, chorei, tive raiva (MUITA raiva, e sem alvo aparente...), mau humor, bom humor, fome, insônia, e provavelmente mais um monte de outras coisas que eu nem percebi, já que tudo vem e vai tão rápido que as vezes fica até difícil identificar.
Por fim hoje tudo se acalmou. O que eu estava experimentando até ontem era a adaptação do meu organismo ao remédio, que só vai mesmo começar a surtir os efeitos pros quais foi indicado dentro de mais uns dois dias.
Sorte dele ter resolvido se comportar: ontem eu estava tão furiosa que já tinha decidido que não queria mais brincar. Ao invés de estar feliz, eu chorava; ao invés de estar inapetente, eu estava mais ansiosa que nunca (e, consequentemente, comendo feito louca); ao invés de me acalmar, eu era a personificação da fúria... todos os efeitos que o remédio deveria ter pareciam estar acontecendo ao contrário - com exceção do lance da libido, mas isso não era um problema antes e, ao que parece, o remédio entendeu que, quando o assunto é "esse", vale a regra do "em time que está ganhando não se mexe".
=P

12 setembro 2008

Bup - Outras impressões

Comentei sobre o medicamento com uma amiga e, então, firmou-se o seguinte diálogo:

ELA: "Bup? Ué, você não lembra que eu tomei esse mesmo remédio há um tempo atrás? Não se preocupa, é tranquilo, só vai te deixar feliz"

EU: "Poxa, legal saber... Mas perae, você não tava parando de fumar, não tava deprimida... Tomou a parada pra que?"

ELA: "Pra aumentar a minha libido... E FUNCIONOU SUPER BEM!!!"

11 setembro 2008

Bup

Bup
Quando meu endocrinologista disse que esse era o nome do remédio que ele estava me receitando pra ajudar a lidar com as minhas crises (citadas dois post atrás) eu achei até fofo. Mas isso mudou quando eu li a bula: Bup (cloridrato de bupropiona) é indicado no tratamento da depressão, quer aguda, quer na profilaxia da sua recidiva. A bupropiona também pode ser utilizada no tratamento da dependência à nicotina (tabagismo).
Fuck! Anti-depressivo!!! Essa eu realmente não tinha planejado. É claro que durante a minha pesquisa eu me deparei com um monte de opções químicas pra auxiliar nos primeiros meses, mas não pretendia fazer uso de nenhuma delas. Sempre tive a sensação de que fazendo uso de um medicamento desses eu estaria substituindo uma droga de uso livre por outra de uso controlado, o que não me parece indicar que eu esteja melhorando... Coloquei essa preocupação pro médico e ele me pediu pra fazer uma experiência com os comprimidos durante uma semana.
Vamos ver no que vai dar.

10 setembro 2008

Caixinhas de som II

Tem coisa mais fofa???

E eu achando que as caixinhas pro Sony Ericsson que eu ganhei eram "cute"... humpf

07 setembro 2008

Balanço

Durante os últimos 15 anos, eu repeti duas acertivas um sem número de vezes. Numa delas, que era quase um mantra, eu dizia que "se eu chegar aos 35 solteira, faço uma produção independente - consigo ver minha velhice sendo feliz sem um casamento, mas não sem um filho". Só que a proximidade da idade limite (e o universo conspirando e me mostrando como as coisas funcionam no mundo real) me fez reavaliar e notar o quão egoísta eu seria trazendo pro mundo uma criança sem pai, pra quem eu não poderia dar a devida atenção - afinal eu estaria sozinha pra providenciar sustendo, educação, etc, o que consumiria a maior parte do meu tempo e da minha disposição -, tudo em prol de uma suposta velhice feliz. Projeto, portanto, descartado.
Essa decisão me empurrou pra um outro raciocínio: se eu quiser envelhecer feliz, vou ter que pensar em outras maneiras pra que isso aconteça e que, eventualmente, excluam filhos. E acho que essa foi a primeira vez em que, de fato, eu pensei em "envelhecer", latu sensu.
A partir daí alguns gatilhos parecem ter sido disparados no meu cérebro pra me fazer enxergar que, ao invés de me preparar pra a velhice, eu tinha me tornado, ainda que tacitamente, uma suicida. Como em uma porção de outros aspectos da minha vida, eu não tinha pressa em me matar, mas fazia isso, um pouquinho, todos os dias. Fumante, sedentária, muitos quilos acima do peso ideal, trocando qualquer refeição por um sanduíche, ingerindo montes de confort food achando que resolveriam todo e qualquer problema. Só que estes, os problemas, só aumentaram, coisa que eu parecia também ter juntado ao pacote do "deixa explodir"... Resumindo: I were a mess!!!
Mãos à obra, e comecei a perder peso. Reeducação alimentar, remédio pra controle da ansiedade, e lá se vão 12 kg em cinco meses, o que leva ao próximo passo: hora de parar de fumar. Data marcada, preparação psicológica durante cerca de 20 dias, não anunciei a decisão pra não criar expectativa em ninguém nem pressão de nenhum lado. Já prevendo que a ansiedade seria grande e que a gula aumentaria proporcionalmente, comecei, também, a me exercitar pelo menos um pouquinho todos os dias pra gastar esse excesso e, quando chegou o dia D eu estava decidida, animada e feliz por ter tomado a decisão de abandonar esse mau hábito que acompanha há quase 20 anos.
Eu nunca imaginei que seria fácil, mas também não esperava que fosse ser tão doloroso. Hoje, uma semana depois de parar, me assusto com a habilidade do vício em tentar boicotar o meu raciocínio o tempo todo, com a atenção que eu preciso estar prestando a cada pensamento, a cada reflexão, já que se eu deixar a mente "solta", ao invés das mil fantasias que eu sempre inventei pra colorirem a minha vidinha às vezes mais pra preto e branca, eu pego meu próprio cérebro criando argumentos pra voltar, me estimulando a inventar pretextos pra desistir e sucumbir, promovendo a correnteza e tentando me fazer sentir fraca ao ponto de me deixar levar. E me fazendo chorar... chorar como se meu coração estivesse partido, como se alguém que me é importante tivesse ido embora pra nunca mais voltar. Uma sensação de ausência que nada parece preencher.
Nessas horas é que eu agradeço a Deus por ter preferido me fazer inteligente ao invés de linda. Como eu me informei sobre todas as sensações possíveis que fariam parte dessas chamadas crises de abstinência, tenho procurado manter a calma e me auto sugestionar, constantemente, lembrando que tudo isso é passageiro e que, logo, vai acabar.
Só espero que acabe mesmo e que, daqui a algum tempo, eu possa voltar ao assunto pra dizer que eu fui forte o suficiente pra esperar, controlar e superar. Essa vai ser a maior prova de que eu não quero mais me matar e que, ainda que os filhos não venham, a velhice vai valer a pena.

31 agosto 2008

"Um novo amor para esquecer" - Martha Medeiros

"Alguns leitores pensam, equivocadamente, que tenho formação psicanalítica. Não me importo, ao contrário, me sinto lisonjeada, sinal de que confiam nos meus palpites de leiga. Por causa dessa confusão de papéis, de vez em quando alguém me escreve contando suas dores de amor e termina fazendo uma perguntinha prosaica: 'como é que eu esqueço o desgraçado?' Se eu tivesse o topete de me meter, diria que o primeiro passo é desejar esquecer mesmo, coisa que quase ninguém quer. Pô, depois de tantas ilusões e tantos bons momentos vividos, esquecer tudo seria como cair no vazio. Melhor ficar por um tempo com a companhia da dor, que ao menos preenche a vaga que foi aberta. Porém, mais dia menos dia, todos se fartam de sofrer, e aí só tem um remédio: investir num novo amor. É o que eu respondo pra encurtar a conversa e não ser processada por charlatanismo, já que essa minha dica é um clichê de domínio popular.
De fato, um novo amor, sendo amor mesmo, é o que funciona para quem quer partir para outra. O probleminha está nesse "sendo amor mesmo", já que raramente é. Às vezes, a gente sabe desde o início que o tal novo amor é apenas um passatempo, um elixir contra a solidão. Se você for do tipo que não olha pra trás, que leva tudo numa boa, que tem como esporte preferido fazer a fila andar (seja com quem for), boa sorte, está salvo. Mas se isso for apenas uma fachada e no fundo você for hipersensível, esse novo amor pode ter um efeito contrário: confirmar a força do amor anterior.
Até parece fácil. Um amor se vai e a gente grita da janela: próximo! Só que esse próximo vai te beijar de uma maneira diferente, vai ter um papo diferente, vai ter hábitos diferentes. Animador? Sei não. Isso tudo pode apenas te entorpecer ao invés de te curar. Se a relação que terminou tiver sido muito forte e séria, essa troca de bastão instantânea pode gerar uma saudade absurda daquele que se foi. Vale a pena correr o risco?
Tudo é risco na vida, mas nesses momentos prefiro ficar na minha. Claro que não coloco um cinto de castidade e me fecho para o mundo - se por acaso surgir alguém que me disperte a imaginação e os hormônios, quem sabe? Mas não procuro nada, não ligo o radar. Não saio pra noite. Não fico na fissura por uma substituição imediata. Aproveito a entresafra pra matar a saudade de mim mesma, já que em toda a relação a gente esquece um pouco de si, se doa, contemporiza, regateia, em alguns casos até inventa um personagem. Sozinha eu não preciso fazer concessões nem imposições - não é preciso negociar. Vou perder uma oportunidade rara dessas?
Norman Mailer certa vez escreveu: 'As pessoas procuram o amor como solução para todos os problemas, quando na verdade o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas.' É isso aí. Primeiro aprenda a administrar seus conflitos e tristezas, aceite suas oscilações de humor, busque a serenidade, fortaleça sua auto-estima e ampare-se em si próprio, sem se valer de bengalas emocionais. Aí sim, feito o dever de casa, seu prêmio estará a caminho."

(Jornal O Globo - Revista da TV - 31 agosto 2008)

29 agosto 2008

26 agosto 2008

Bourbon Street Fest

Domingo passado eu
e o Gus

assistir ao show do Dwayne Dopsie & The Zydeco Hellraisers
Dwayne Dopsie toca o acordeon como ninguém. Quem viu não vai esquecer. Além disso, é um sujeito muito simpático: numa das muitas vezes em que desceu pra tocar no meio do povo, deu uma paradinha, sorriu e esperou, pacientemente, até a minha câmera decidir disparar.

22 agosto 2008

Pros meus amigos que são fãs de Sienfeld

Foi só o Bill Gates tirar o time de campo que a Microsoft teve uma boa idéia: contratar Jerry Seinfeld para personificar o usuário de PC que a Apple sempre tira onda em seus comerciais. Com a brincadeira, o comediante vai embolsar 10 milhões de dólares, mas continua a ampla derrocada de sua carreira artística - aceitando propostas fáceis ao mesmo tempo em que vulgariza a própria imagem. Certamente isso tem a ver com a vaidade de Jerry que, apesar de ser um dos caras mais bem sucedidos do showbusiness americano, não é uma celebridade de proporções hollywoodianas.
(Fonte: Trabalho Sujo)

18 agosto 2008

Pobrema x Poblema


"Nunca sei se o certo é dizer pobrema ou poblema..."
"Os dois são certos, só que poblema é da própria pessoa,
e pobrema é de todo mundo."
(diálogo entre duas mulheres ouvido dentro de um ônibus aqui no Rio)
***
Por esse raciocínio, eu ainda não ter candidato pras próximas eleições é um pobleminha, perto do pobremão do povo que já tem.
=P

Direito e Religião

As três matérias abaixo foram publicadas no jornal O Globo de ontem, todas no primeiro caderno; as duas primeiras na seção O País e, a última, na seção Economia.

DOS TERREIROS PARA OS CURRAIS ‘DOS SANTOS’
Em Recife, babalorixás e ialorixás lançam candidatos próprios para defender interesses da umbanda e do candomblé

Letícia Lins
RECIFE. Cansados de ser ora alvo da perseguição de políticos — que costumam desaparecer após as eleições — ora de seus interesses, babalorixás e ialorixás pernambucanos resolveram contra-atacar: lançaram em Pernambuco candidatos próprios para representar interesses da umbanda e do candomblé. Filiados ao PT, ao PCdoB e ao PTB, eles disputam eleições como legítimos indicados de pais, mães e filhos de santo nos três principais municípios da região metropolitana: Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda, numa articulação que é inédita no estado.
A ialorixá Joana Maria da Silva, a Mãe Jane, oito filhos biológicos, oito adotivos e uma multidão de seguidores, diz que a decisão se estenderá a outras eleições para a Assembléia e a Câmara dos Deputados:
— A gente elege vereador, deputado, governador. Eles vêm aos terreiros, dançam, cantam, comem a comida do candomblé, mas, assim que se elegem, nos dão as costas. Não nos conhecem mais. Precisamos de representantes no Legislativo, porque tudo o que nos é devido é cortado. A Igreja Católica tem representantes e os pentecostais também — afirma Mãe Jane, de 61 anos, 41 de culto aos orixás.
Historiadora e comandando a Casa Illê Axe Oyá Egunytá, em Olinda, Mãe Jane lançou o filho candidato a vereador. Ele disputa um mandato pelo PCdoB e usa na propaganda eleitoral o nome que o atrela à mãe-de-santo: Fernando de Mãe Jane. Nos panfletos de propaganda eleitoral, não faz referência aos terreiros e se autoproclama um “ativista das causas justas”.

NA CAMPANHA, TERREIROS PEDIRÃO ISENÇÃO DE IPTU
Mãe-de-santo da Bahia elogia iniciativa de colegas pernambucanos

RECIFE. Outros dois candidatos representam os terreiros em Olinda: Mestre Afonso (PT) e Roberto das Águas (PTB). Em Jaboatão dos Guararapes, a 18 quilômetros do Recife, os terreiros indicaram Pai Gil (PT) e, em Recife, Júnior Afro (PT), filho espiritual de Mãe Jane, apoiado por Mãe Lais Alodê. Um dos principais articuladores do movimento que levou os terreiros a lançarem candidatos, Júnior, no entanto, não faz referência direta à umbanda ou ao candomblé em sua propaganda política.
Os terreiros já têm uma primeira sugestão a fazer para os candidatos: querem isenção de IPTU, a exemplo do que ocorre com os templos católicos e evangélicos.
— Não cobramos dízimos dos nossos seguidores — afirma Mãe Jane.
A mobilização pernambucana arrancou um elogio de Jaciara Ribeiro, ialorixá baiana que esteve em Recife para prestigiar o lançamento dos candidatos.
— A gente já se escondeu por muito tempo. Enterramos nossos orixás debaixo de santos católicos por causa da repressão e fomos muito perseguidos em outros momentos da história. Não queremos mais ficar na invisibilidade — reclama Mãe Jaciara, que tem um terreiro em Salvador, onde já sofreu perseguições e até ameaça de ser queimada no meio da rua.
Intolerância religiosa ocorreu até os anos 80
Durante a escravidão, pais e mães-de-santo foram obrigados a esconder seus orixás sob os santos católicos, o que deu origem ao sincretismo religioso. Já no Estado Novo, a perseguição aos terreiros era lei, segundo recorda Mãe Jane. Ela diz que a polícia invadia os templos afro e prendia seus seguidores. Em Pernambuco, muitos babalorixás chegavam a ser presos ou recolhidos como loucos em hospitais psiquiátricos.
A perseguição institucional foi diminuindo, mas a intolerância persistiu até a década de 80, quando os terreiros passaram a ser cadastrados na polícia como centros de diversão. Para as celebrações em dias de festa, pais e mães-de-santo pediam autorização na delegacia mais próxima para fazer seus cultos. O horário para as festas também era limitado. Na década de 80, a Assembléia Legislativa de Pernambuco aprovou lei assegurando a liberdade de religião e tirando da polícia o direito de monitorar os terreiros.
Mãe Jane diz que a atitude política que os terreiros tomam agora é uma tentativa de garantir direitos. Hoje, as políticas públicas para religiões de origem africana são um dos temas debatidos pelo Comitê Estadual de Promoção de Igualdade Racial, ligado ao governo do estado.
— Depois de muita luta, os governos finalmente nos olham de outra forma, mas ainda enfrentamos muita perseguição, como a dos pentecostais. Com representantes saídos do próprio meio, as coisas ficarão mais fáceis — diz ela.

MISSA DE 7º DIA TAMBÉM É RELAÇÃO DE CONSUMO
Mal-atendida, família quer providência

Luciana Casemiro
No dia 8 de agosto, às 19h30m, alguns minutos antes da abertura oficial dos jogos olímpicos de Pequim, a família e os amigos do medalhista olímpico, Affonso Évora — medalha de bronze, com a seleção brasileira de basquete, em 1948 — estavam reunidos na Paróquia da Ressurreição, em Copacabana, em sua memória, pelo sétimo dia da sua morte. A cerimônia, que sua neta Andréa Évora Cals pretendia cheia de significados, inclusive pela coincidência da abertura da Olimpíada, acabou se transformando em motivo de revolta.
— Como a igreja cobra por esses serviços, é uma relação de consumo e, por isso, decidi escrever para a “Defesa do Consumidor” para contar do nosso descontentamento. Afinal, contratamos uma missa específica para homenagear o meu avô, e isso foi tudo o que não aconteceu — diz Andréa, que também mandou um e-mail para a paróquia.
Ela afirma que o padre foi substituído na última hora por um outro religioso que fez uma cerimônia de 20 minutos, em tom agressivo: — Queríamos homenagear meu avô, ter algum conforto, mas o que tive foi uma aula exatamente contrária do que tínhamos aprendido ser o catolicismo. O padre, irado, em seu sermão afirmou que algumas religiões “idiotas” pregavam que todos os caminhos levam a Deus, mas que não levam. Falou de inferno e, por fim, disse que só permitiria que eu lesse um texto sobre o meu avô, após a sua saída do altar.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro afirma que apurou o acontecimento, que foi confirmado por funcionários da Paróquia da Ressurreição. A entidade se desculpou com os familiares e propôs a realização de uma outra missa em memória de Évora, o que foi aceito.
A Arquidiocese reconheceu, o que foi muito bom. Mas, não quero carregar culpas pela minha reação. Usei os recursos que eu tinha para reagir ao mau serviço que nos foi prestado — conclui Andréa.

12 agosto 2008

Astley, Ricky Astley

Debut

Hoje atuei como advogada, sozinha, pela primeira vez, numa audiência na Justiça do Trabalho. Achei que ia ficar nervosa, tensa, ansiosa... mas não. Incrivelmente, fiquei super calma.
Dei sorte de pegar uma juíza legal, que logo depois de cumprimentar todo mundo, sorriu, olhou pra mim e pra minha cliente e perguntou:
- Vocês são irmãs?
Eu e a Sarah - a cliente - nem somos tãããão parecidas assim, mas... eu respondi por ser o mais educado a fazer:
- Não, Excelência. =] (sorrisinho amarelo)
Ela passa a examinar a documentação dos advogados, sorri novamente, e pergunta:
- E dele, Dra. - se referindo ao advogado da outra parte - a senhora é irmã?
Dá pra imaginar a minha cara? Eu JAMAIS tinha visto o tal advogado - que veio de BH pra audiência, diga-se de passagem - na vida.
- Desculpa, Excelência, mas... hein?
- É porque os doutores têm o mesmo sobrenome!

***
Pois é. O advogado se chama Bruno Salomão, e dali em diante me chamou de "prima" até o final do procedimento.
=P

Lembram do João? Dois anos se passaram e olha só que coisa mais linda...

10 agosto 2008

Cons na Veja Rio

A Cons saiu na Veja Rio!!! Chique "no úrrrrtimo"
Clique na foto pra ler a reportagem completa

09 agosto 2008

Que Beijing, que nada...

Pra quem achou que os chineses mandaram bem na sincronia de movimentos das apresentações da cerimônia de abertura, dá só uma olhada no que os policiais italianos já aprontavam sobre duas rodas nos anos 30


08 agosto 2008

Aprendendo Geografia em Beijing

Turkomenistão, Uzbequistão, Quirguistão... Já sabemos que qualquer nome estranho que termine em "istão" certamente indica um novo país surgido a partir da URSS.
Mas precisei assistir à cerimônia de abertura das Olimíadas pra saber que
BUTÃO não é botão em mineirês;
ERITRÉIA não é uma doença de pele;
BENIN não é erro de impressão do nome daquele italiano que acha a vida bela;
BURKINA FASSO não é nome de atriz pornô russa;
CHAD não é só o Kroeger, do Nickelback;
ANTÍGUA E BARBURDA (ahahahahahahaha - prefiro não comentarrrr)
VANUATU, DJIBUTI, GUAM, KIRIBATI...
Acho que eu preciso estudar mais Geografia... humpf

E na Rúsia, o dilema permanece:
"Serguei, Bubka?"

07 agosto 2008


05 agosto 2008

Homens de Marte que já passearam por Vênus

Sou leitora compulsiva, assumo. Em média, leio ao menos três livros ao mesmo tempo, pelo menos um deles em inglês e, sempre que possível, alguma atualização na minha área de trabalho. Leio bula de remédio, rótulo de cosmético... só não consigo ler auto-ajuda.
É mais forte que eu. Quando alguém que nunca sequer soube da minha existência se entende no direito de me dizer o que é melhor, onde eu cometo erros, o que eu preciso comer e em que eu preciso pensar eu me sinto quase tão invadida quanto quando alguém me liga pro celular e começa a conversa perguntando onde eu estou!!!
A única exceção - se é que pode-se dizer isso, considerando que eu nunca li o livro inteiro - foi "Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus". Na época em que foi lançado foi tanta gente elogiando que eu fiquei curiosa, comprei e, desde então, vira e mexe recorro a ele. Como eu disse, nunca li de cabo a rabo, mas uso como um livro de receitas: quando pinta o "desentendimento", checo o índice e vou direto ao assunto.
Um tópico ultra útil pra mim foi o que trata da necessidade que as mulheres têm de verbalizar as coisas, e da absoluta incapacidade que os homens tem que "participar" disso. Quando a gente fala, seja só pelo prazer do desabafo ou quando o troço é sério e nós precisamos de respostas deles, o que acontece em 100 % dos casos é o seguinte: eles, pra serem gentis, se dispõem a ouvir e, ali pelo terceiro ou quarto minuto da conversa, o corpo tá presente mas a mente tá, com sorte, na tabela do campeonato brasileiro ou no molhinho do macarrão que tá cheirando bem à beça.
Não é descaso. É DNA. E eu digo isso de cadeira: meus irmãos são assim, meu padrasto, meu melhor amigo... todos os homens que eu conheci até hoje, sem exceção, preferem que a gente vá direto ao ponto, sem rodeios, e de preferência só quando tivermos certeza absoluta que a discussão é necessária. Caso contrário, o melhor a fazer é correr pra manicure e despejar nela, que certamente vai ser mais solidária e compreensiva, as suas agruras.
Acontece que, apesar de compreender a mente masculina, eu sou mulher, complicada e com a mesma necessidade de verbalizar que qualquer outra. A única coisa que eu procuro fazer é levar essa necessidade ao limite máximo, pra ver se ela some, e só tomar a iniciativa da conversa quando não encontro outro jeito de resolver o problema.
Toda essa enoooorme introdução foi pra dizer que eu acho que tem uns e outros por aí que também leram o livro, se é que vocês me entendem. Eu, que vejo como regra o egoismo masculino por natureza, me surpreendo quando descubro que a exceção não só existe como muitas vezes está mais perto e onde a gente menos imagina.
É reconfortante saber que existem homens que se dispõe não só a ouvir como a participar da conversa, a falar também, e a falar a verdade, em vez daquilo que a mulher quer ouvir - ainda que através de comparações esquisitas. Mais importante ainda é o cara participar da conversa por pura gentileza, sem estar fazendo isso pra melhorar uma relação desgastada ou pra parecer legal e te convencer a ir pra cama com ele. Essa atitude, a meu ver, vale mais que qualquer elogio. Demonstra muito mais carinho e respeito.
Fica, então, a dica: meninas, não percam a esperança na raça masculina. Há luz no fim do túnel, eu vi, acreditem. E meninos, follow the leader. Garanto que esse cara ganhou muito mais pontos do que aqueles que gastam fortunas com presentes.

03 agosto 2008

Gossip Girl

Conceitualmente, eu odeio fofoca. Mas na prática eu tô sempre dentro de uma, e sempre mais envolvida que o necessário ou que o prudente.
Essa mania incontrolável que eu tenho de achar que sou capaz de ajudar todo mundo, principalmente as pessoas que me são importantes, me move pra dentro de brigas que não são minhas, de intrigas que não me incluem, de desentendimentos que eu não entendo... e quando me dou conta tô apanhando, batendo boca e dispendendo energia à beça administrando o ego alheio, as rebarbas que sobram pro meu lado e as consequências que fatalmente aparecem, mais hora menos hora.
O engraçado é que eu mesma raramente provoco, ou melhor, sou parte direta de uma intriga. Em geral, quando eu faço besteira e identifico isso, minha postura costuma ser a de assumir e de avisar que a caca foi feita, antes mesmo do cheiro se espalhar. E olha que isso acontece com alguma frequência, já que eu falo muito e, justamente por isso, às vezes falo "demais".
O que eu preciso aprender a fazer é continuar, sim, a ser solidária, ouvinte e sensível aos problemas que os meus amigos tem, mas sem fazer deles meus problemas também. Já diz minha avó que a gente tem dois ouvidos e uma boca não é à toa, né?

02 agosto 2008

Foto de cabeçalho nova

Thanks to Gus (as usual)...
Ele tirou a foto (tá, isso já faz alguns anos) e fez essa arte de reflexo linda.
Agora sim, o blog tem a minha cara.
=]

When You Were Young

You sit there in your heartache waiting on some beautiful boy to save you from your old ways.
You play forgiveness - watch it now- here he comes.
He doesn't look a thing like Jesus, but he talks like a gentlemen, like you imagined when you were young.
Can we climb this mountain? I don't know, higher now than ever before.
I know we can make it if we take it slow. Let's take it easy, easy now, watch it go
We're burning down the highway skyline on the back of a hurricane that started turning when you were young.
And sometimes you close your eyes and see the place where you used to live when you were young.
They say the devil's water, it ain't so sweet. You don't have to drink right now, but you can dip your feet every once in a little while.
I said he doesn't look a thing like Jesus, but more than you'll ever know.
(When you were young - The Killers)

MELHOR COMEÇAR A CORTAR VÍNCULOS
DO QUE TERMINAR CORTANDO OS PULSOS

(by SS)

01 agosto 2008

Família Café


Algumas pessoas não conseguem deixar de ocupar um pedaço do meu coração, por mais que tentem. Esses quatro aí são o melhor exemplo disso.

25 julho 2008

Elogio

A gente está tão acostumado a ser mal atendido nas repartições públicas que quando o contrário (que deveria ser normal) acontece vira motivo de comemoração e destaque.
Quando eu anunciei pra família e amigos que precisava renovar meu passaporte, ouvi toda natureza de lamentos e desejos de boa sorte. Fui avisada de que passaria horas na fila pra entrevista inicial, esperaria por cerca de um mês e, por fim, passaria mais outras horas na fila pra retirar o documento. A única palavra de otimismo veio de um conhecido, que me deu a dica de que na delegacia do Galeão a marcação dessa tal entrevista inicial estava acontecendo num prazo um pouco menor que nos demais lugares - no Leblon, por exemplo, a espera era de quase 60 dias.
Realmente, entrei no site da Polícia Federal e consegui marcar a entrevista no Galeão pra dali a 15 dias. Na segunda feira dessa semana cheguei ao aeroporto com pouco menos de uma hora de antecedência, imaginando que isso me daria alguma vantagem de localização na tão falada fila. Qual não foi minha surpresa ao descobrir que NÃO EXISTE fila quando você marca o horário: você vai ser atendido naquela hora ou antes, a medida que as demais pessoas que também marcaram forem chegando. Ou seja, eu estava SAINDO do Galeão, com tudo feito, às 13:55 h, cinco minutos ANTES da hora prevista pra entrevista começar!!!
E o melhor: ontem recebi um email me avisando que o documento já estava pronto pra ser retirado. Hoje, quatro dias após dar entrada na documentação, eu voltei ao Galeão e em cerca de quinze minutos já estava saindo, e de posse do meu novo passaporte.
Fica aqui, então, o registro e a dica: vale a pena ir um pouquinho mais longe. ;-]

20 julho 2008

Reencontro

Esse fim de semana foi realmente intenso, cheio de emoções das mais diferentes naturezas. Uma dessas emoções, e das boas, foi a surpresa de reencontrar a Márcia, depois de mais de um ano sem contato. Na foto aí do lado estamos eu, ela e a Dany, grande amiga, cantora e escritora de caneta cheia, que já teve seu momento "leitora desta que vos escreve" e que eu espero que volte a dar seus sempre pertinentes pitacos por essas bandas.
Marcia, querida, welcome back! Você não podia ter escolhido momento melhor pra voltar ;-)
Dany: APARECE!!! Ou então, Dany-se!!! :-P

19 julho 2008

Verdades, por Clarah Averbuck

Só se fala nela... E com razão.

“1. é verdade, mas é tudo mentira.
1.a: quanto mais alto o fogo, mais rápido vira cinza;
1.b: só porque é intenso, não significa que seja definitivo;
1.c: só porque é efêmero, não significa que seja raso;
1.d: urgência não é pressa;
1.e: se entregar é diferente de se apegar;
1.f: hoje é tudo, amanhã é amanhã."
(citação "roubada" do Rê Byte)

Let the World Tour begin!!!


18 julho 2008

Dias

Um dia muito feliz e um dia muito triste merecem um dia de bebedeira no meio...
Hoje é o dia do meio.

17 julho 2008

1001 motivos pra evitar a 1001

Aniversário do Gus, partida do Mário, chegada dos meus sobrinhos, dentista, renovação de passaporte, casamento da Amanda... 1001 motivos pra estar no Rio ontem.
.
Viajando sozinha, frio pra caramba, malas pesadas - afinal, fico no Rio direto por 10 dias... 1001 motivos pra viajar de dia.
.
Saí de Friburgo às 14:00 h no ônibus da 1001 que, se tudo corresse bem, chegaria ao Rio às 16:20 h e eu estaria em casa até às 17:00 h. Mas tudo correu mal: às 15:00 h, num ponto da estrada onde nem poste de luz tinha, quem dirá um barzinho, um banheiro ou qualquer outro facilitador pra situação, um problema mecânico faz o ônibus parar no acostamento e o suplício começar. 1001 telefonemas pra manutenção/emergência da concessionária, 1001 telefonemas pro Detro, 1001 lágrimas de frustração e raiva, 4 ônibus que saíram depois do nosso mas que não tinham vagas suficiente pra todos os passageiros, a noite caindo, e mais de QUATRO HORAS de espera na beira da estrada pra conseguir um transporte que me trouxesse, finalmente, até o Rio de Janeiro. Cheguei em casa não às 17:00 h, mas às 21:30 h.
.
É claro que nem tudo foi um inferno. Fiz novos amigos que se juntaram à minha indignação pelo desrespeito com o qual fomos tratados, pelo descuido com que a situação foi administrada pela Auto Viação 1001. Novos amigos que se mantiveram em apoio mútuo aos que estavam com medo, aos que estavam cansados, com sede, com raiva... Novos amigos que conseguiam, ainda que depois do cair da noite e das intermináveis horas de espera, contar casos engraçados, dar risada da nossa e de outras roubadas, transformar aquele tempo perdido em tempo ganho.
.
Valeu, galera! Não fossem vocês eu acho que não teria levado a situação numa boa.
.
Dia 16 de julho do ano que vem tem feirinha na Ilha!