Vencendo preconceitos

Finalmente, depois de três meses de busca e de uma sequência de frustrações que parecia interminável, consegui encontrar a minha nova casa. Estou em processo de mudança pro apartamento da Beth, minha "tia emprestada", que ficou feliz em me ter morando no cantinho que ela mantém aqui no Rio.

Estou muito animada com isso tudo - apesar de saber que vou ter um bom trabalho pela frente, já que o apartamento está meio que abandonado desde que ela se transferiu pra Friburgo -, e acredito de verdade que esse é o início de uma nova e promissora etapa, que vai começar a deixar pra trás a fase negra pela qual eu venho passando e da qual eu reclamei há uns posts atrás.

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O engraçado foi o seguinte: desde que eu comecei a procurar por um novo lugar pra morar fiz uma única exigência, que era a de não querer morar em Copacabana. Por puro preconceito, não nego, já que o bairro tem sim muitos atrativos, principalmente a facilidade de que se pode contar com TUDO por perto, desde supermercado e farmácia até loja onde vende software de última geração. Mas é um bairro de velhos, hiper-populado (há quem diga tratar-se de uma das maiores densidades demográficas do mundo), barulhento, atração lotada de turistas - desde os que buscam pelas praias até os que buscam por sexo barato...

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E não é que é nessa mistura de Miami Beach com Sodoma e Gomorra que eu vou morar? E por um bom tempo, eu creio. Vai ser um trabalho árduo de vencimento dos preconceitos e de abertura da cabeça pra tentar aproveitar ao máximo os bônus e tentar ignorar os ônus, mas estou animada. Só não posso me animar demais, ao ponto de largar minha carreira e passar a viver de estampar camisetas "I love Copacabana" pra vender nas barraquinhas da Av. Atlântica!!!